GeekTudo

IA recria imagens através do que as pessoas estão vendo

Pesquisadores da Universidade de Osaka, no Japão, utilizaram inteligência artificial para criar imagens a partir de exames de ressonância magnética da atividade cerebral. Para isso, utilizaram modelos computacionais conhecidos como Stable Diffusion, semelhantes aos usados pela plataforma Dall-E, que gera imagens a partir de textos.

O experimento analisou o lóbulo occipital para capturar a forma e a perspectiva e o lóbulo temporal para agregar sentido à imagem. Com base nisso, a tecnologia reproduziu a imagem de um trem mostrada a uma pessoa.

Embora as cores das imagens geradas tenham sido trocadas, as formas são próximas às originais. O objetivo da pesquisa é mapear o código por trás do funcionamento do cérebro, o que pode levar a avanços em áreas como a medicina e a psicologia.

As imagens na linha inferior foram recriadas a partir das varreduras cerebrais de alguém olhando para aqueles na linha superior.

Créditos: Yu Takagi e Shinji Nishimoto/Universidade de Osaka, Japão

Processo de criação

Para criar o modelo, os pesquisadores usaram dados de quatro pessoas que passaram por ressonância magnética enquanto olhavam para 10 mil retratos cada.

Os resultados foram satisfatórios, mas o estudo é limitado aos quatro voluntários analisados. Segundo o autor do estudo, essa nova técnica poderia, em última análise, reproduzir imagens de sonhos ou pensamentos em computadores.

No entanto, especialistas apontam que a forma como o cérebro associa sentido ao que os olhos veem depende da experiência individual e do contexto, o que pode dificultar a aplicação da técnica em um número maior de pessoas.

Além disso, cada voluntário do experimento fez de 30 a 40 sessões de ressonância, o que pode ser inviável para ampliar o escopo da pesquisa.

É importante destacar que os resultados do estudo precisam ser validados estatisticamente antes de serem aplicados na prática, como uma vacina. O artigo japonês ainda é um pré-print e precisa ser avaliado por outros especialistas antes de ser divulgado em uma publicação científica.

Fonte: NewScientist

About Author

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *